João Brito e Cunha é um dos exemplos da nova geração de enólogos e produtores que se instalaram no Douro e lançaram projectos pessoais. No seu caso, o desafio é enaltecer com as suas marcas os pergaminhos da família e honrar a memória da sua quinta avó, D. Antónia Adelaide Ferreira a “rainha” do Douro, também conhecida como a Ferreirinha.

Após a licenciatura em Enologia, em Vila Real, iniciou a carreira como enólogo da Cockburns, antes de se transferir para Barossa Valley, na Austrália. Durante seis meses fez de tudo nas adegas, trabalhou por turnos, explorou o “sentimento de liberdade e experimentalismo” da enologia do novo mundo “centrada no mercado”. No Douro, comenta “teremos de combinar o melhor de dois mundos, respeitando a tradição e a identidade da região, sem rejeitar as novas tendências”. Esta fertilização cruzada de saberes tem permitido desenvolver o seu trabalho como enólogo consultor em vários vinhos que fez para os Lavradores de Feitoria, Churchill Graham, Quinta da Touriga Chã, Quinta do Couquinho, Negreiros, etc…

A Quinta de S. José tornou-se no seu primeiro laboratório, abrindo-lhe horizontes, cumplicidades com produtores e mostrando-lhe a realidade do negócio.

CASTAS